Entabulei então um longo papo com LUIGI – italiano de FIRENZE - da PONTE VECCHIA, 52 anos , dois filhos trabalha em MILÃO, se é que trabalha mesmo, pois passa seis meses na Bahia, onde tem uma casa em Morro de São Paulo que ele chama de seu pedaço de paraíso na terra, e com ele fiz a etapa mais puxada, uma subida que quando você tem certeza de que ela vai terminar, pode ficar certo de que ela está apenas começando. É igualzinho aos problemas do nosso dia a dia.
Foto No topo dos Pirineus uma fonte matei com um cavalo branco a sede que nos matava
Quando acaba, agora sim é que o sofrimento real vai começar, e começa pouco depois de passar por um bosque fantástico, digno das mais belas fotos que não vejo a hora de vê-las revelado e relembrar o quanto era fofo o carpete de folhas mortas estendido para a passagem dos peregrinos e tão fofas que eram uma carícia, um verdadeiro bálsamo para as bordoadas que eles iriam receber pouco adiante e que nesse momento eram inimagináveis.Paro para o almoço, convido o LUIGI que se recusa , diz que pára manter o corpitcho de quase 120 quilos tem que fazer as refeições regulares, todas as três, com beata disciplina, me despeço, tiro as botas, estico o protetor de solo, tento uma pequena sesta, mas a ansiedade é tamanha que mal acabo de lanchar,
FOTO NO TOPO DOS PIRINEUS COM O ITALIANO LUIGI
calço novamente as botas, enrolo o protetor de solo, e de novo para o caminho.
FOTO NO TOPO DOS PIRINEUS JUNTO AO MARCO DE 763 km A SANTIAGO – NA REALIDADE 815
A retomada é penosa, antes não tivesse parado, mas a fome que já incomodava foi definitivamente afastada.
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