VIGÉSIMO QUINTO DIA PARTE I
22/06/2.010 – MELIDE –SANTA IRENE
Nunca comi polvo tão simples e tão gostoso.Fervido num caldeirão duns 100 litros e servido com pimentão picante em pó, uma garrafa de vinho branco , amigos espanhóis e está feita a festa.
Depois voltamos ao Anhembi, ou melhor ao albergue PROVISIONAL de MELIDE que já tinha lotado os containers, as áreas cobertas e já tinha uma quantidade enorme de colchonetes espalhados pelo chão junto às suas paredes laterais.
FOTO OUTRA VISTA DO ALBERGUE DE MELIDE COM OS COLCHONETES PELO CHÃO
Pela manhã, novamente saí só, as cinco da manhã e me perdi por mais de uma hora. As dores cada vez maiores e mais resistentes ao efeito dos efervescentes, a indicação incipiente no trecho perto do albergue acabou me conduzindo para fora da cidade e completamente fora da rota, mas no meio do nada, encontrei um marco do caminho, peguei a direção correta e voltei para a cidade de MELIDE.
FOTO ESTADO DOS PÉS BOLHAS E FERIDAS A 85 KM DE SANTIAGO
Tinha andado 5 km.Uma hora e dez de caminhada forte quando retomei o caminho e poucos metros depois me encontro com FELIPE o carioca de quem me separo num bar que parei para tomar o café da manhã as 8 30 da manhã
Caminho tranqüilo, muita árvore,subidas e descidas leves,pouco povoados, alguns bares, outros dois copos de RIOJA - o melhor até agora – MARQUES DE CACERES – não sei se pela sede ou pelos 3 km de caminhada.
FOTO CHEGANDO A SANTA IRENE
VIGÉSIMO QUINTO DIA PARTE II
Depois das 11 horas cada metro andado é metro dobrado de dores triplicadas nos pés , nas pernas e nas costas.Somando os 5 quilômetros perdidos em Melide, são 35 no total 9 horas para chegar à ducha de água quente, quando chego, a quente havia acabado e tive que experimentar a primeira ducha de água fria do caminho e confesso deve haver no mundo castigos corporais piores, mas se há ainda não os experimentei, teria que fazê-lo um dia...
Encontrei no caminho com VIRGINIA e seus dois companheiros italianos, até ARZUA, no supermercado dividi com ela o caminho, depois das compras me afastei e cada um tomou o seu rumo, voltei a encontrá-la e aos espanhóis no albergue municipal de SANTA IRENE, onde não existe nada, nada mesmo ,num raio de um quilômetro e portanto eu que já tinha andado 35 tenho que acrescentar mais 2 para comprar meia garrafa de vinho para acompanhar o meu pedaço de pão francês , uma bengala recheada de JAMOM serrano comprado em ARZUA.
VIRGINIA vestia uma camiseta do IL PADRINO que só vi quando tirou sua mochila no albergue, mas quando falávamos sobre a mão me perguntou quando eu soube que a Lourdes seria a mulher da minha vida, e eu sem vacilar disse que foi no momento em que a vi entrando na sala de aula.
Foto : Um dos ultimos varais de roupa
Quanta coincidência, pois quando disse ser da Sicília, me fez lembrar da máfia e lhe havia dito que a música do IL PADRINO era a nossa música , coisas do caminho, que um dia ainda entenderei...
Falei com a Lourdes, está insegura com relação à conexão do vôo no aeroporto de BARAJAS em Madrid, terá duas horas o que não é muito tempo se levarmos em conta a extensão do aeroporto e o fato de ter que se deslocar , de trem entre os dois terminais de embarque e de desembarque.
Amanhã MONTE do GOZO só dezessete quilômetros e mais cinco estaremos em Santiago.
FOTO MONUMENTO A J PAULO II NO MONTE DO GOZO
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